Psicóloga morre após ser atropelada por ex durante discussão, diz polícia
Foto: Montagem/BNews
No dia 19 de fevereiro deste ano, a psicóloga Andressa Martins Silva, de 39 anos, deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, no Centro-norte do estado, após ter sido atropelada. Na direção do veículo estava o seu ex-companheiro. Ela não resistiu e morreu no último domingo (27).
A princípio, a polícia tratava o caso como tentativa de homicídio ou lesão corporal grave, mas após a morte dela, uma nova versão chegou às autoridades, o que fez com que o caso passasse a ser tratado como feminicídio.
Funcionários do setor de serviço social do hospital comunicaram à polícia que, antes de ser atropelada, Andressa havia discutido com o ex e, durante o bate-boca, o suspeito teria entrado no carro e arrastado o veículo mesmo com a vítima presa à porta.
Versão
“Infelizmente, Andressa faleceu e estamos dando uma nova condução a este caso. Não foi somente uma lesão corporal ou dolosa, já intimamos as testemunhas. Inicialmente, emitimos uma guia achando que ela tinha condição de fazer exame de corpo delito, e as investigações prosseguem. Eu vou tratar o caso como feminicídio. O registro que temos é essa comunicação do fato, e agora os familiares vão prestar declarações aqui”, informou a delegada Clécia Vasconcelos, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Feira, em entrevista ao portal Acorda Cidade.
“Mais uma mulher morre vítima, nas mãos de um homem que um dia ela se relacionou. Isso nos alerta, nos chama a atenção, porque o número de feminicídios tem aumentado sim”, completou Clécia Vasconcelos, ainda em depoimento ao site local.
O atropelamento oconteceu na Rua do México, no bairro Tomba. A identidade do suspeito não foi informada. A vítima trabalhava como coordenadora do setor de portaria do Hospital da Mulher, também em Feira, e era mãe de duas filhas.
Pesar
Em nota, o Conselho Regional de Psicologia da Bahia (3ª Região) lamentou, na segunda-feira (28), a morte da profissional. "Andressa atuava como psicóloga hospitalar da rede pública e como psicóloga clínica em uma instituição privada. Mãe de duas meninas, possuía um forte engajamento na luta pela saúde mental da mulher. A autarquia lamenta a morte da psicóloga, deixando consternadas todas as pessoas que a conheceram, especialmente na cidade de Feira de Santana", diz trecho do comunicado.
BNews