Homem que matou a pequena Beatriz quer encontrar mãe da vítima; veja o que ele disse
Foto: Montagem BNews
Seis anos depois de ter esfaqueado a pequena Beatriz Angélica, de 7 anos, o homem que confessou ser autor do crime quer um encontro com a mãe da vítima. Segundo sua advogada, Marcelo da Silva, de 40 anos, quer pedir perdão à Lucinha Mota pela "monstruosidade que cometeu”, como ele mesmo diz.
Durante entrevista à TV Globo, a defensora dele, Niedja Mônica, disse que o agressor está arrependido e que decidiu contar a verdade sobre o caso para “aliviar o coração da mãe da garota”. Ele foi preso depois que a polícia comparou informações genéticas colhidas na faca utilizada no homicídio com dados de um banco de perfis genéticos.
A polícia já tinha o material genético desde 2015, ano do crime, mas só agora ele foi incluído no banco de perfis genéticos do estado de Pernambuco.
"Ele disse que quer ver a mãe [da menina] para pedir perdão. Porque ele disse que foi uma de uma monstruosidade muito grande e quer pagar pelo que fez. Depois que viu o drama da mãe, ele disse que queria contar para aliviar o coração dela, para ficar em paz. Ele usa essa expressão: 'eu quis aliviar o coração dela para ela ficar em paz. Que realmente o culpado sou eu'", disse a advogada.
Roubo
A polícia diz que antes de cometer o crime, Marcelo foi flagrado por uma câmera de segurança próximo à escola onde Beatriz foi morta tentando roubar uma moto. Durante o interrogatório, ele confessou a intenção de cometer o crime e argumentou que precisava de dinheiro.
Depois de algumas tentativas de sair com a motocicleta, ele acabou desistindo, já que o veículo não funcionava. Marcelo afirmou que se tivesse conseguido roubar, teria saído da região e, consequentemente, evitado o assassinato de Beatriz.
“Aquela mexida na moto, eu não sei se era instinto de ladrão ou era a vontade de ir para casa. Se aquela moto pegasse eu iria para casa. Se ela pegasse teria evitado essa tragédia aí”
Faca
Ele disse ainda que não lembra onde conseguiu a faca que utilizou no crime e que estava alcoolizado. Por ter bebido demais, Marcelo diz que confundiu a escola com uma igreja.
“Eu pensei que estava entrando em uma igreja. Aí quando eu fui entrar, fui barrado. Por alguém que viu meu estado de embriaguez”
Depois de ser barrado, o agressor diz que voltou mais uma vez à unidade de ensino para beber água, momento em que encontrou a vítima próximo a um bebedouro. A pequena teria se assustado com a presença dele.
“Ela disse: ‘você está com uma faca aí’. Aí eu disse: ‘Cala a boca’. Aí eu, com medo dela, correr, disse: ‘entra aí’. Aí botei ela dentro do quarto. Eu disse: ‘fique caladinha, não saia, não, enquanto eu não for embora’. Aí sabe o que aconteceu? Ela começou a gritar”
Marcelo justificou que com medo de ser descoberto por outras pessoas esfaqueou a garota numa tentativa de silenciá-la. O homem afirmou que depois de ter cometido o crime foi visto por algumas pessoas lavando a mão suja de sangue dentro de um banheiro. Ele chegou a ser questionado por um jovem sobre a quantidade de sangue e disse que havia se cortado.
Nilson Marinho/BNews