Cinco álbuns de heavy metal que marcaram história

Surgido entre a transição das décadas de ‘60 e ‘70, o Heavy Metal é um dos sub-gêneros mais conhecidos e relevantes dentro do Rock. Marcado por bandas como Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin, o estilo passou a ter um som encorpado e distorcido, com instrumentais mais pesados e com espaço para as frequências graves, como as do contrabaixo. Acompanhe agora uma lista de álbuns de Heavy Metal que você deve conhecer, selecionados e indicados por Danilo Souza.

System Of A Down - Toxicity

Lançado em setembro de 2001, o Toxicity é o segundo álbum de estúdio da banda System Of A Down, que já havia gerado muita repercussão em seu trabalho de estreia, o álbum homônimo “System Of A Down”, de 1998. O disco transita por diversas referências sonoras, algumas inspiradas na Armênia, país de descendência de todos os membros do conjunto, além de trazer letras com temas políticos, a dependência de drogas e a violência policial.

Toxicity é o maior sucesso comercial do System Of A Down, vendendo mais de 12 milhões de cópias em todo o mundo, feito que rendeu a certificação de disco de platina tripla. É um álbum daqueles para ouvir do início ao fim de uma vez só, sem pular nenhuma faixa, e até chega ser uma tarefa difícil escolher destaques, entretanto, fica aqui o meu top 3 para quem ainda não deu uma chance para esse disco (sério que você fez isso, cara?) e quer ter uma boa primeira impressão: Psycho, Toxicity e Chop Suey. Aproveite!

Black Sabbath - Paranoid 

Paranoid é simplesmente a “bíblia do Heavy Metal”. Amplamente considerado como o melhor disco de todos os tempos do sub-gênero, além de marcar presença na lista dos 200 melhores álbuns dentro do Rock como um todo, o segundo disco de estúdio da banda britânica Black Sabbath, lançado em 1970, pode ser o ponto de partida para quem quer se aventurar no Metal.

Gravado pela formação que hoje é considerada como a clássica do Sabbath, com Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra, Geezer Butler no baixo e Bill Ward na bateria, o Paranoid traz, em cerca de quarenta minutos, uma sequência de clássicos, como a faixa-título, “Paranoid”, além de “Iron Man” e a minha favorita, “War Pigs”.

É um disco com qualidade sonora, técnica, lírica, além de possuir, também, toda a estética visual do Black Sabbath, com os cabelos longos, roupas pretas e cruzes, enquanto estavam explorando um gênero até então “recém-nascido”. Esse trabalho, com certeza, é referência para muitos que, inclusive, estão presentes na lista e para muitos que ainda virão.

Sepultura - Roots

Tá achando que é só gringo que sabe fazer heavy metal de qualidade? Achou errado! Roots, o sexto álbum da banda mineira Sepultura, furou a bolha e levou a sonoridade brasileira mundo afora. Aqui, o Sepultura soube “jogar o jogo”, com letras em inglês, o que expandiu horizontes e abriu portas a nível mundial para a banda, mas com um som que ainda sim remete muito ao Brasil, contando até com a participação de uma tribo indígena Xavante, um povo original do país, em algumas das músicas.

O Roots apresenta um som “cru” e com afinações mais graves nos instrumentos, o que traz uma sonoridade mais pesada. Essas características, mais tarde, seriam referência para o estilo Nu (ou new) Metal, consolidado por bandas como Slipknot, por exemplo. Em 1996, ano de lançamento, o álbum vendeu mais de 500 mil cópias só nos Estados Unidos e posteriormente, durante os anos, conquistou a certificação de disco de ouro em diversos países.

Ao citar uma indicação para você, leitor/ouvinte, seria quase um crime deixar a faixa “Roots Bloody Roots”, que abre o disco, de fora. É praticamente um hino para os fãs do Sepultura e do Heavy Metal, sendo o maior sucesso da banda. Contudo, para não ser tão clichê, também ficam as recomendações das faixas “Cut-Throat” e “Ratamahatta”, se você ficou curioso sobre como ficou o resultado da influência indígena dentro do álbum.

Metallica - Master of Puppets

Em ‘86, já com influências notáveis do que veio antes no Heavy Metal, foi lançado o “Master of Puppets”, terceiro álbum do Metallica. Para muitas revistas e especialistas em Música, o disco está entre os três melhores da história do gênero e para alguns chega a ser até o melhor.

E realmente merece estar (e olha que nem sou tão fã de Metallica assim, risos), já que é um álbum bem trabalhado em todos os quesitos, desde as letras políticas até os riffs e solos de guitarra. Apesar das faixas consideravelmente longas (a menor delas tem cinco de minutos de duração), a banda consegue segurar a atenção dos ouvintes durante as canções, com destaques para “Battery”, primeira música do disco, a faixa-título, “Master of Puppets”, e “Welcome Home (Sanitarium)”.

Algo que gosto muito nesse disco são os instrumentais, com boas sequências, timbres de bateria e boas linhas de baixo, as últimas de Cliff Burton, baixista da formação original do Metallica, que morreu em um acidente durante a turnê do disco.

Iron Maiden - The Number of The Beast

Marcado pela estreia do vocalista Bruce Dickinson, que substituiu Paul Di’Anno, o álbum “The Number of The Beast”, lançado em ‘82, é o terceiro do Iron Maiden e o primeiro grande sucesso comercial, chegando a ser o mais vendido no Reino Unido.

Já nos Estados Unidos… bom, o que esperar de um álbum chamado de “O Número da Besta” e com o Diabo na capa? As temáticas religiosas apareceram também em algumas das letras, o que gerou até acusações de satanismo contra a banda, mas tal exposição serviu mais como uma propaganda gratuita, gerando mais vendas, ao invés de ser visto como algo ruim.

Além de ter uma boa construção sonora no resultado de estúdio, as apresentações ao vivo das canções desse álbum também são muito bem feitas. De fato é um show, uma performance, o que conquistou muitos dos fãs. No Brasil, por exemplo, o Iron é presença frequente no Rock In Rio, participando de, praticamente, todas as edições.

Minhas indicações para conhecer e entender esse disco vão para “Run to The Hills”, “Hallowed By Thy Name” e a faixa-título “The Number of The Beast”, que contribuíram para o sucesso mundial do álbum, com mais de 14 milhões de vendas e chegando a ser disco de platina em alguns países. Escute com fones de ouvido ou tire os religiosos da sala, risos. 

Bônus: Clique aqui e confira a playlist feita por Danilo Souza com as músicas citadas durante o texto.


Danilo Souza

Estudante de Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), músico e produtor audiovisual independente.

danilosouza.jornalismo@gmail.com (Email)
@danilosouza.jornalismo (Instagram)

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