A condenação definitiva de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo STF em 2025 representou o fechamento de um capítulo sombrio da democracia brasileira, com trânsito em julgado decretado pelo ministro Alexandre de Moraes após esgotados os recursos.

Trânsito em julgado e prisão imediata

Em novembro, Moraes determinou o fim dos recursos no processo da trama golpista de 8 de janeiro de 2023, confirmando a pena de 24 anos e 9 meses de reclusão mais 2 anos e 6 meses de detenção para Bolsonaro, líder do núcleo 1 denunciado pela PGR. A prisão preventiva, iniciada em 22 de novembro por descumprimento de medidas cautelares — incluindo tornozeleira danificada por ferro de solda —, tornou-se definitiva na Superintendência da Polícia Federal em regime fechado, precedida de exames médicos.

• Bolsonaro perde direitos políticos vitalícios, ficando inelegível para 2026 e impedido de votar.

• Filho Flávio convocou vigília no dia da prisão, efetuada às 6h em seu condomínio.

Julgamento em setembro e delações

Condenado em 11 de setembro por 4 votos (Moraes, Dino, Cármen Lúcia e Zanin), Bolsonaro foi apontado como articulador central do golpe, com provas de interferência em julgamentos do STF e contatos internacionais. Eduardo Bolsonaro, nos EUA, também foi indiciado por atentado à soberania.

Prisões em cascata e exceção de Mauro Cid

Outros réus do núcleo 1, como generais Heleno e Nogueira, ex-ministros Torres e Braga Netto, e almirante Garnier, tiveram prisões definitivas decretadas, com execuções pela PF e Forças Armadas. Ramagem tornou-se foragido nos EUA; apenas delator Mauro Cid cumpre 2 anos em regime aberto.