Eleições 2026: Lula vai perder mais da metade de seus ministros

Pelo menos 20 dos 38 ministros do governo Lula (PT) deverão deixar a Esplanada no ano que vem de olho nas eleições gerais
Foto: Ricardo Stuckert/PR
  • Da Mega
  • Atualizado: 26/12/2025, 10:57h

Brasília (ÚNICO) – O presidente Luís Inácio Lula da Silva vai ter que abrir mão de pelo menos 20 de seus 38 ministros no ano que vem, em função da disputa eleitoral cujo prazo para desincompatibilização é até abril.

Essa nova “dança das cadeiras”, que deve começar já em fevereiro, não acontecem á toa. Primeiro que os ministros querem renovar seus mandatos no Congresso Nacional e, segundo, que Lula vai tentar a reeleição, então precisa eleger o máximo de aliados para trabalhar com um Congresso aliado e não adversário como acontece hoje.

As primeiras baixas: fevereiro e março

As mudanças incluem a alta cúpula. Sem querer ser candidato, apesar dos pedidos de Lula, o ministro Fernando Haddad (PT) deve deixar a Fazenda até fevereiro para “contribuir com a campanha do presidente”.

Rui Costa (PT), da Casa Civil, e Gleisi Hoffmann (PT), das Relações Institucionais, deverão sair em março para tentar, respectivamente, o Senado pela Bahia e a Câmara pelo Paraná.

Debandada no Centrão

No centrão, a debandada é certa. Praticamente todos os ministros do MDB, PSD, União, Republicanos e PP deverão disputar algum cargo legislativo, embora em alguns casos não esteja definido qual. Este grupo tem um interesse especial do presidente, que quer compor os palanques mais plurais possíveis

O plano do governo é que pelo menos parte desses partidos esteja regionalmente com Lula, mesmo que a sigla opte por outra aliança nacional. Isso já ocorreu em 2022, quando os MDBs de Alagoas, do Amazonas, da Bahia, do Pará, do Rio e do Piauí aderiram à campanha lulista já no primeiro turno, quando o partido ainda tinha a hoje ministra Simone Tebet (Planejamento) como candidata. Parte do PSD também esteve com o PT, mesmo o partido declarando neutralidade.

Saída não-eleitoral

Filiado ao PT, o AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, deverá ser o único a deixar o governo por motivos não eleitorais. Indicado por Lula para o STF (Supremo Tribunal Federal), ele teve a sua sabatina no Senado adiada para o ano que vem. Se aprovado, deixa o cargo definitivamente. O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, deixa para ser o marqueteiro, mas também não concorrerá

Foco no Congresso

Lula quer tentar estancar o possível avanço da direita na próxima legislatura. Ele já teve dificuldades para aprovação de pautas não econômicas já nestes três anos. Poderia ter um possível quarto mandato ainda mais difícil. Para a Câmara, tentarão os ministros.

  • Macaé Evaristo (PT), dos Direitos Humanos, por Minas Gerais;
  • Jader Filho (MDB), pelo Pará;
  • André de Paula (PSD), da Pesca; por Pernambuco
  • Luciana Santos (PCdoB), de Ciência e Tecnologia, por Pernambuco
  • Wolney Queiroz (PDT), da Previdência, por Pernambuco;
  • Anielle Franco (PT), da Igualdade Racial, pelo Rio;
  • Alexandre Padilha (PT), da Saúde
  • Luiz Marinho (PT), do Trabalho
  • Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário
  • Sônia Guajajara (PSOL), dos Povos Indígenas, estes últimos todos por São Paulo

Fonte: Portal Único

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