Ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto é preso pela PF

(INSS/Divulgação)
  • Da Mega
  • Atualizado: 13/11/2025, 10:04h

O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal (PF), como parte da ação que investiga o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões por associações. Ele foi demitido do cargo em abril, pelo então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, quando o esquema foi revelado.

Outros 10 mandados de prisão estão sendo cumpridos nesta quinta, em nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Outros 63 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares estão sendo cumpridos no Distrito Federal e em 14 estados: Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS, Stefanutto afirmou ter tomado todas as providências para interromper os descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas, mesmo antes de Controladoria-Geral da União (CGU) oficiá-lo.

Dentre os crimes investigados na operação estão a inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva e ocultação patrimonial.

Os descontos indevidos no pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir de filiação fraudulenta a associações, foram revelados a partir da Operação Sem Desconto, no dia 23 de abril. Os descontos ilegais em aposentadorias teriam ocorrido também através de empréstimos consignados.

Após a divulgação do relatório da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF), responsáveis pela operação deflagrada, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo, assim como outros cinco servidores.

Gilberto Waller, que era procurador da Advocacia Geral da União (AGU), foi nomeado no lugar de Stefanutto. Dias depois, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo, assumindo o então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz (PDT), atual ministro.

Em 26 de agosto, o Congresso Nacional instalou a CPMI do INSS, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre o esquema.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva implementou um plano de ressarcimento para aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos. O prazo para solicitar a devolução foi prorrogado até 14 de fevereiro de 2026.

Editado por: Rodrigo Gomes - Brasil de Fato

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