Economia Direta debate fundo “Florestas para Sempre” na véspera da COP 30 em Belém
Foto: Glocal Experience
O quadro Economia Direta, do jornal Painel Eletrônico, publicou na ediçao de ontem, 12/11, um tema urgente e fundamental: a preservação das florestas tropicais e sua relação direta com a economia e o combate às mudanças climáticas. A atenção se volta para Belém, palco da recente cúpula de líderes convocada pelo presidente Lula, com a presença de presidentes e chefes de Estado de vários países.
No encontro, foi lançado oficialmente o fundo conhecido como Fundo Florestas para Sempre (TFF), uma iniciativa que tem tudo a ver com o futuro do planeta e a saúde da nossa economia. Para explicar os detalhes dessa proposta e seu impacto, o Economia Direta recebeu Luiz Fernando Guedes, diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica — uma das organizações brasileiras que lutam há anos pela conservação dos biomas nacionais.
Segundo Luiz Fernando, o combate ao desmatamento, especialmente das florestas tropicais, é um dos pilares para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global. O Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia e da Mata Atlântica, apresenta papel central nessa batalha. O fundo Florestas para Sempre propõe uma recompensa financeira direta para países que atingirem metas claras de redução do desmatamento e de restauração florestal.
Diferentemente de fundos anteriores, como o Fundo Amazônia, que dependem de doações para financiar projetos, o TFF é um fundo voluntário que remunera os países conforme o sucesso na preservação das florestas. O modelo prevê atração de investimentos privados, criando um mecanismo sustentável em que cada dólar investido deve gerar até quatro vezes mais em retornos, totalizando uma meta inicial de 25 bilhões de dólares para financiar ações globais.
O recurso ainda inclui uma regra importante: pelo menos 20% devem ser destinados diretamente às populações indígenas e comunidades tradicionais, guardiãs da floresta na prática.
A cúpula em Belém e o lançamento desse fundo representam, para Luiz Fernando, um divisor de águas, mas também um compromisso que deve transcender governos e políticas momentâneas, garantindo continuidade e transparência. “O Brasil tem uma liderança mundial em preservação florestal, e essa iniciativa é uma forma inovadora de proteger nossas florestas e combater as mudanças climáticas de forma econômica e sustentável”, destaca o diretor.
Com a COP 30 oficialmente aberta, o país reforça seu papel não só nas discussões climáticas, mas como exemplo de solução que integra meio ambiente e economia — um caminho essencial para enfrentar os desafios ambientais do século 21.
Fonte: Rádio Câmara de Brasília







