Nome do momento no Rap nacional, Matuê estreia no FIB neste domingo
“Senhoras e senhores, com vocês, o 01 desde 1993”. Este verso, que faz parte da canção “1993”, lançada no “333”, o disco mais recente do Matuê, é um bom resumo sobre o artista, que fará sua estreia no Festival de Inverno da Bahia (FIB) neste domingo (24). Nos últimos anos, o “Tuezin” deu um reset no Rap nacional após quebrar vários recordes, como ter colocado todas as faixas do seu disco entre as 50 músicas mais tocadas do país mais de uma vez, por exemplo.
Com uma estratégia que vai contra o padrão do mainstream, mesmo sendo um dos artistas mais escutados do Brasil, Matuê se destaca pela sua baixa frequência de lançamentos. O seu disco de estreia, “Máquina do Tempo”, foi lançado em 2020, enquanto o segundo, “333”, chegou ao público em setembro do ano passado, quatro anos após o primeiro.
Fundador da gravadora 30PRAUM, que vai completar sua primeira década de existência em 2026, o primeiro trabalho oficial de Matuê foi uma mixtape de Reggae, que, apesar de não fazer parte da discografia do artista nas plataformas, foi resgatada e publicada pelos fãs.
Em 2017, veio o primeiro grande hit da sua carreira, a faixa “Anos Luz”, já dentro da sonoridade do hip-hop, que atualmente soma mais de 500 milhões de reproduções – considerando Spotify e Youtube. Nos anos seguintes, Matuê se consolidou como um dos maiores da cena ao lançar os singles “De Peça em Peça” e “A Morte do Autotune”, ambos em 2018, e “Kenny G”, em 2019.
No seu último lançamento, mais uma vez o artista ousou. Quando a maioria do público esperava um outro disco de rap, seguindo a linha do “Máquina do Tempo”, Matuê trouxe canções de vários estilos, o que torna até difícil colocar o “333” numa caixinha e dizer que é um álbum de uma coisa só. Tem uns trechos pop, como em “O Som”, o synthwave meio anos 80 em “04AM” e até indie rock na faixa bônus “Like This”.
Para o FIB, é mais ou menos isso que as pessoas podem esperar; um show que não se limita somente ao rap e que tem a música na sua forma mais pura como a característica principal. Na turnê do disco, Matuê, inclusive, se apresenta com uma banda completa, com direito a guitarrista, o Samuel Batista, o tecladista Fabinho Scooby, o baterista Vitor Peracetta e o DJ e baixista André Nox.