Vitória da Conquista se tornou a primeira cidade da Bahia a implantar armadilhas tecnológicas para o controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. A ação teve início na última sexta-feira (11), no bairro Urbis V, uma das localidades com maior índice de infestação do vetor, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

As armadilhas foram projetadas para atrair as fêmeas do Aedes e interromper o ciclo de reprodução do mosquito. Ao todo, serão instaladas armadilhas em 12 bairros que apresentam índices de infestação entre 9,3% e 16%. A instalação e o monitoramento são feitos por técnicos identificados e equipados com bicicletas elétricas. Todas as ações em campo são registradas por meio de um sistema digital operado via celular.

Estão sendo utilizados dois modelos de armadilhas. A Pneutrap, que simula um pneu e atua na coleta de ovos e eliminação das larvas; e a In2Care, que utiliza feromônios para atrair o mosquito e, a partir dele, espalhar larvicidas e fungos a outros criadouros. De acordo com o planejamento da Secretaria de Saúde, a proporção é de uma armadilha para cada 29 imóveis.

O coordenador geral do projeto, Alex Correia, destaca que o uso do sistema de gestão inteligente permite o acompanhamento preciso das ações. “Temos um sistema de gestão inteligente em que a gente vai estar com celulares registrando todas as armadilhas, a posição geográfica, todos os dados, desde a implantação até as avaliações que acontecerão semanalmente, gerando relatórios, mapas de calor, gráficos, dando subsídios para o central de monitoramento que já foi montada na sala da Coordenação, para que ela acompanhe todas as atividades de campo em tempo real”, explicou.

A implantação das armadilhas é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Saúde e Ação Social (Isas). O modelo, segundo os organizadores, poderá ser expandido para outros municípios brasileiros, a depender dos resultados obtidos no território conquistense.