Aluno agride professora dentro de sala de aula em escola estadual de Brumado

Imagem: reprodução do circuito interno de vídeo
Um episódio de violência em sala de aula chamou atenção nesta semana no município de Brumado, no sudoeste da Bahia. Na última terça-feira (8), uma professora da 2ª série do ensino médio foi agredida por um aluno de 17 anos durante a aula no Colégio Estadual em Tempo Integral da cidade. A cena foi registrada por uma câmera de segurança da própria escola.
No vídeo, é possível ver o momento em que o estudante se levanta, se aproxima da docente e a agride com um tapa no rosto, na frente dos colegas. Segundo relatos de testemunhas que preferiram não se identificar, a discussão teria começado por causa do uso do ar-condicionado da sala. Enquanto o aluno queria manter o aparelho ligado, a maioria da turma optava por deixá-lo desligado.
Diante do impasse, a professora teria pedido ao aluno que se retirasse da sala por estar interrompendo a aula. A agressão aconteceu instantes antes de ele sair do local.
Medidas tomadas após o ocorrido
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que o caso foi registrado como ato infracional na Delegacia de Brumado e encaminhado à Vara da Infância e Juventude, responsável por avaliar medidas socioeducativas cabíveis. Além disso, o Conselho Tutelar, o Comitê Estadual de Segurança nas Escolas e os responsáveis legais do estudante foram acionados.
Ainda segundo informações de funcionários da escola, o aluno será transferido para outra unidade da rede estadual. A professora, concursada, continuará atuando normalmente na escola em que leciona.
Repúdio e necessidade de debate
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) se manifestou por meio de nota, repudiando o ato e reforçando que nenhuma forma de agressão a educadores pode ser tolerada. “É inaceitável que professores e professoras, que exercem um papel fundamental na formação dos jovens, sejam alvos de violência no ambiente escolar”, afirma o sindicato.
O caso reacende o debate sobre os desafios enfrentados no cotidiano das escolas, incluindo a necessidade de políticas públicas que promovam a cultura de paz, a mediação de conflitos e o fortalecimento do vínculo entre alunos, professores e comunidade escolar.
Fonte: G1 Bahia