Sociedade é convidada a participar de audiência pública para discutir concessão e duplicação da BR 116

Encontros visam aprimorar projeto, mas moradores cobram agilidade em obras de duplicação
Foto: Portal IN
  • Júnior Patente
  • Atualizado: 08/05/2025, 10:58h

Vitória da Conquista, BA – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reforçou a importância da participação da sociedade nas audiências públicas que debatem o projeto de concessão de rodovias que cortam Vitória da Conquista. O objetivo é ouvir sugestões e dúvidas para melhorar a proposta antes da licitação. No entanto, enquanto o poder público defende um processo de refinamento, as lideranças locais criticam a morosidade e cobram urgência na duplicação das vias.

Durante o anúncio das audiências, o superintendente de Concessão da Infraestrutura da ANTT, Marcelo Fonseca, destacou que a contribuição da população é essencial para ajustes no projeto. “É o momento exato em que fazemos a lapidação, a melhoria do projeto de concessão, treinada por nossos técnicos. Mas é só com a contribuição local que conseguimos refinar e trazer o melhor resultado para a sociedade” , afirmou.

Cobrança por agilidade
Zé Maria Caires - Foto: Arquivo pessoal Enquanto o governo enfatiza a necessidade de debates, o empresário e ativista Zé Maria Caires criticou a lentidão do processo, classificando a burocracia como “o novo atraso do Brasil” . Em discurso incisivo, ele destacou que a duplicação das rodovias é uma “urgência” e não pode ser postergada por entraves administrativos.

"A duplicação não é um luxo, é uma necessidade. O cidadão conquistense não pode ser penalizado por embaraços legais ou trâmites judiciais. A obra tem que ser imediata" , disse Caires. Ele também questionou os prazos médios para a reformulação de editais no Brasil, que podem levar até 5,5 anos. "Mesmo com esforço para reduzir para 3,5 anos, a população vive o agora. Enquanto isso, a rodovia segue perigosa e precária" , argumentou.

Obras só em médio prazo?
Caires alertou que, mesmo com um novo edital, as grandes investigações nas estradas podem demorar entre três e oito anos para sair do papel. "É inaceitável. Não podemos esperar mais uma década por algo que já deveria estar pronto" , afirmou. Ele defendeu um “contrato moderno” , com tarifas justas e execução acelerada das obras, sem onerar os usuários.

O ativista ainda fez um apelo por “coragem política” e “compromisso social” para evitar que novas gerações sofram com a falta de infraestrutura. "Vitória da Conquista tem pressa. O nosso povo não merece esperar" , concluiu.

Próximos passos
As audiências públicas ocorrerão nas próximas semanas, com dados a serem divulgados pela ANTT. A expectativa é que o projeto de concessão seja finalizado ainda este ano, mas a pressão por prazos mais curtos e ações imediatas deva dominar os debates.

Enquanto isso, moradores e empresários da região aguardam respostas concretas para um problema que, segundo eles, já se arrasta por tempo demais.

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