Em Vitória da Conquista cerca de 100 mil pessoas vivem em situação de extrema pobreza. Em uma reportagem exibida pela TV Sudoeste, a repórter Ariela Bonfim, contou a história de uma moradora do Povoado do Capinal, zona rural da cidade. 

Dona Ivone mora em uma casa pequena com três filhos menores de idade. De acordo com a reportagem, ela vive com seus filhos com o valor de R$400, 00 do Auxílio Brasil. 

Diante da situação que vive, sua família se encaixa no grupo de pessoas que vivem em extrema pobreza no Brasil. Na entrevista, ela relatou que o valor do auxílio às vezes não dá nem para garantir a alimentação de qualidade para os filhos. 

Dona Ivone tem problemas de saúde como pressão alta e depressão e não pode trabalhar. Por isso, ela também vive de doações. Ela e seu filhos recebem doações da Patrulha Solidária, projeto da Polícia Militar da Bahia. 

Foto: reprodução TV sudoeste

Em apenas um ano, o número de brasileiros sem ter o que comer saltou de 19 milhões para 33,1 milhões. São mais 14 milhões de pessoas com fome, segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado pelo levantamento da a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

Como ponto comparativo, o número de brasileiros que entraram na linha da fome corresponde a mais pessoas do que a cidade de São Paulo (11,2 milhões) e mais de duas vezes do município do Rio (6,3 milhões).

O levantamento mostra que quase 58,7% da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau. Em 2020, a porcentagem era de 55,2%. No grau mais grave de fome, encontram-se 15,5% dos brasileiros, ante 9% no fim de 2020. Ou seja, apenas 40% da população tem pleno acesso à alimentação.