Para barrar desinformação, TSE propõe parceria com o Telegram
Nesta quinta-feira (24) houve a primeira reunião entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o representante do Telegram no Brasil, o advogado Alan Campos Elias Thomaz. No encontro, foram discutidas formas de colaboração para as eleições deste ano.
O TSE já firmou parcerias com outras plataformas, como Facebook, Instagram, WhatsApp e TikTok, mas não havia conseguido contato com o Telegram. As primeiras tentativas foram feitas ainda na gestão do ministro Luís Roberto Barroso, que deixou a presidência do tribunal em fevereiro deste ano.
Por causa do descumprimento de decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar o bloqueio do aplicativo no Brasil em 17 de março. Como a empresa cumpriu as determinações após a suspensão, Moraes decidiu revogá-la no dia 20. O Telegram chegou a se desculpar publicamente por não ter respondido anteriormente.
O ministro Edson Fachin, que preside o TSE, enviou então um novo convite para que representantes da plataforma se reunissem com o tribunal.
Nesta quinta-feira, uma equipe do TSE apresentou o Programa de Enfrentamento à Desinformação ao representante do aplicativo e propôs um termo de adesão visando uma parceria contra as notícias falsas sobre o processo eleitoral. A Corte eleitoral ainda detalhou o conteúdo ideal da cooperação e os procedimentos para a formalização e a manutenção dos canais de contato.
O TSE tem se preocupado com perfis falsos nas redes sociais e a disseminação de fake news relacionadas especialmente ao sistema eletrônico de votação e às fases do processo eleitoral.
O representante do Telegram afirmou que a plataforma está “empenhada no combate à desinformação” e informou que levará a proposta aos executivos da empresa.