CONQUISTA: Mercado de trabalho para mulheres trans e travestis foi tema de encontro com imprensa

Objetivo do encontro foi sensibilizar e dar visibilidade as dificuldades encontradas por este público ao buscarem vaga de emprego formal

Foto: Secom PMVC


Nesta quarta-feira (9), a Coordenação de Políticas LGBT, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semdes), realizou uma roda de conversa com profissionais de imprensa de Vitória da Conquista sobre o mercado de trabalho para mulheres trans e travestis no município. O objetivo do encontro foi sensibilizar e dar visibilidade as dificuldades encontradas por este público ao buscarem vaga de emprego formal.

O evento contou com a participação de mulheres trans e travestis que fazem parte dos coletivos Vagalumes e Finas. Elas falaram de sua experiência com o mercado de trabalho, a exemplo de Jadi Oliveira, que atualmente está empregada, mas enfrentou algumas dificuldades no início. “No meu primeiro trabalho não aceitaram minha identidade feminina, exigiam que eu me vestisse como homem. No trabalho atual, posso ser quem eu sou, me identificar e vestir como quero”, explicou Jadi, que diz ainda ficar triste por ser uma das únicas mulheres trans com emprego formal. “Fico triste, quando olho a minha volta e não vejo nenhuma mulher trans trabalhando com carteira assinada, por isso, não posso comemorar a minha vitória”.

Foto: Secom PMVC

Segundo o coordenador de Políticas LGBT, José Mário Barbosa, a dificuldade de encontrar vaga de emprego é um dos motivos que levam muitas mulheres trans para a informalidade. “Muitas delas se tornam profissionais do sexo por falta de opção. Então, a coordenação tem buscado caminhos para inseri-las no mundo do trabalho, com a sensibilização de empresários locais e também com a retificação civil de seu nome”, explica José Mário.

Durante o encontro, os profissionais de imprensa tiveram a oportunidade de conversar diretamente com as participantes e tirar dúvidas quanto às dificuldades enfrentadas por cada uma, como Luna Ravena, que está fora do mercado formal. “Eu tive uma experiência de emprego que foi traumática, porque estava tudo bem, até começar a minha adequação civil, não aceitaram minha nova identificação e por conta disso, fui demitida”, contou Ravena.

A programação da Visibilidade Trans continua:

10 de março – Oficina: “A mulher trans e travestis e suas relações de trabalho”. Convidada: Camila Araújo, empresária proprietária da Parmeggio, empresa de Vitória da Conquista.

Público: Coletivo Trans, Coordenação Proteção Social Básica, Renner, Riachuello, C&A, Big Bom Preço (Gerentes e Supervisores) e lojistas da CDL.

11 de março – Oficina: “Visibilidade Trans, reconhecendo a identidade de gênero”. Público: Servidores da Guarda Municipal.

16 de março – Mutirão: “Meu nome, minha identidade”, campanha de retificação civil. (Coordenação LGBT, Defensoria Pública e Cartório 1º Oficio).

17 de março – Um dia de beleza “Trans Fashion”. Parceiros: ONG Autoestima (Ismael e Neia) e Senac.

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