Acusado de furtar mochila na Zara pede indenização de R$ 1 milhão para desestimular o racismo

Fernandes Júnior foi retirado do banheiro por segurança, que queria que ele 'devolvesse' a mochila que acabara de comprar

 Foto: Reprodução/Redes Sociais


O homem negro que foi retirado do banheiro do Shopping da Bahia, em Salvador, após ser acusado de furtar uma mochila que comprou na loja Zara, vai entrar com uma ação indenizatória na ordem de R$ 1 milhão contra a loja e o shopping.

Segundo informações do advogado de Fernandes Júnior, Thiago Thobias, a ação será protocolada na próxima semana, quando o Judiciário volta de recesso de final de ano.

A defesa de Fernandes Júnior, que é natural de Guiné-Bissau, país que fica no continente africano, acredita que apenas o ressarcimento financeiro pode evitar novas práticas de racismo na loja.

"Somente uma indenização de alto valor poderá desestimular os autores de práticas reiteradas de racismo. O caráter educativo e punitivo tem que se fazer suficiente para evitar que tais práticas se repitam", disse o advogado.
Segundo Thobias, o valor precisa ser suficiente para "abalar economicamente uma empresa do porte da Zara", e assim evitar outros crimes de racismo.

Abalo psicológico

Na terça-feira (4), o g1 conversou com Fernandes Júnior. Ele revelou que pediu à Justiça para que a empresa e o centro comercial promovam ações educativas que preguem o respeito às pessoas negras.

 

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"Eu só espero que a justiça seja feita e que os cometedores desse tipo de violência desumana paguem pelos erros deles. Eu sei que nada pagará e apagará essa humilhação, mas espero que essa seja uma medida que faça com que eles repensem, e que ajude para que não aconteça mais com outras pessoas", avaliou Luís.

"Eu não estou nada bem. Foi uma situação de segundos que acabou com tudo o que eu construí ao longo do tempo".

G1 

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